segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Epigrama nº 05




















Eu gosto do dia,
Assim como gosto da chuva.
Pois, para mim,
A chuva significa renovação,
Renascimento.
E o dia,
O recomeçar.

(Gilda Clemente Xavier, 29/03/2009)

Epigrama nº 06




















A preguiça vai devagar,
O jabuti vai devagar,
O rio vai devagar,
As árvores balançam devagar.
Só eu é que vou com pressa.
E porque estou a divagar?

(Gilda Clemente Xavier, 17/10/2008)

sábado, 5 de setembro de 2009

Epigrama nº 02




















À porta
Decidi não bater,
Decidi não querer,
Decidi seguir em frente
A porta.

(Gilda Clemente Xavier, 03/2009)

Epigrama nº 10



















A chuva lavou as ruas,
Lavou as casas,
Lavou os carros
E os bancos da praça.
A chuva não lavou minha tristeza.

(Gilda Clemente Xavier, 10/12/2008)

Epigrama nº 01
















Eu nunca disse que seria para sempre.
Meu amor é assim,
Meio inserto, meio errado.
Amo sim.
Amo assim do meu jeito

(Gilda Clemente Xavier, 08/02/2008)

Dúvidas e resoluções da Juju















O que foi isso?
O que aconteceu?
A mamãe acordou, levantou
E nem um beijo me deu...
Estou muito preocupada,
Ela nunca foi assim.
Será que a mamãe deixou de gostar de mim?
Vou contar para o papai,
Ele vai ter que me escutar,
Mas o papai já saiu,
Ele foi trabalhar...
Vou ficar na minha cama,
Cobertinha com o lençol,
Chupando meu dedinho
Até o por-do-sol.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Descrição subjetiva de um amor subjetivo















Ele era como as ondas do mar,
Como os rios perenes do meu seco sertão,
Como a chuva de uma tarde de verão,
Uma brisa passageira,
Que com a mesma rapidez que vem
Vai-se embora.
Ele era a inconstância.
Mesmo assim eu o amava
E desejei viver ao seu lado
Pelo resto de minha vida.
Mas,
O bom senso me disse que não,
Os seus atos me diziam que não,
A razão me dizia que não.
Então,
Eu nao sucumbi.

(Gilda Clemente Xavier, 17/12/2008.)

Um pedido




















Se me encontrares em outra vida,
Cuida
Para que nosso amor não acabe,
Cuida
Para que nosso amor sobreviva às tempestades e furacões.
Cuida
Para que meu carinho por te permaneça
E que esteja sempre em meu coração.
Se me encontrares em outra vida,
Não sejas cruel nem mesquinho com meus sentimentos.
Cuida dele,
Faz crescer
E acima de tudo,
Continuar eterno.

(Gilda Clemente Xavier, 2008.)

Acordo
















Então,
Fica combinado assim.
Não esqueça que eu te amo
E não deixes de me amar.
Eu cuido de você
E você cuida de nois dois.
Eu sempre ficarei ao teu lado,
Antes,
Agora
E depois.
Serei tua cabeça,
Visto que teu corpo já é meu.
Tu terás tudo que tenho,
Minha alma,
Corpo
E pensamentos,
Pois sabes que bens não possuo,
Mas, tenho um amor infinito,
Que será esterno
Enquanto for correspondido.

(Gilda Clemente Xavier, 25/04/2009)

Apaixonada




















Queria fazer um poema
Que não rimasse amor com dor
Nem querer com te ver.
É difícil fazer um poema de amor,
Mesmo quando há amor,
Mesmo quando não há dor.
Ainda mais neste momento
Que é impossível
Não querer te ver,
Que é impossível
Não querer beijar você.
Queria fazer um poema sem rimas,
Mas, que falasse tudo que diz meu coração.
Então, não seria um poema,
Seria uma prosa poética apaixonada.

(Glda Clemente Xavier. 14/10/2008.)

terça-feira, 2 de junho de 2009

A Vida














É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo,
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!

(Florbela Espanca)