Você foi um alpendre,
Uma tábua no meio do mar após um triste naufrágio,
Você foi uma mão na roda.
E se atribuiu um valor que na verdade não tinha...
Com você apenas estiei uma chuva,
Agarrei-me para não afundar.
Naquele momento, você era a única opção
E se deixou levar, achando que estava levando.
Foi uma marionete, pensando ser o ventríloquo.
Foi um recruta, pensando ser General.
Você se leva muito a sério,
Você se acha muito esperto
Só que ainda não se deu conta que é o bobo-da-corte.
Então, não me olhes com esse olhar superior...
(Gilda Clemente Xavier, 22/04/2010)